Santo Antão


O Paraíso dos Caminhantes

 

Quando a maioria das pessoas pensa em Cabo Verde visualiza uma terra árida e pedregosa, mas com belas praias de águas cristalinas e areia quase branca. Mas Cabo Verde é muito mais do que isso. Cada uma das nove ilhas do arquipélago tem uma personalidade própria e uma delas, a remota Santo Antão, é um verdejante mundo cheio de oportunidades para os amantes das caminhadas. É desta ilha que hoje vos vamos falar.

A ilha de Santo Antão tem dimensões médias e é a mais setentrional do país e a terceira mais populosa, logo a seguir a Santiago e à sua vizinha São Vicente. Chega-se até Santo Antão de barco, sendo uma das duas ilhas de Cabo Verde que não tem um aeroporto. Na realidade foi construído um aeródromo na Ponta do Sol, mas as condições meteorológicas, sempre agrestes, forçaram o seu abandono, falando-se agora da construção de uma nova posta perto de Porto Novo.

É aliás aqui que chega o ferry proveniente do Mindelo, única forma de alcançar esta fabulosa ilha. Actualmente existem duas ligações, uma pela manhã e a outra a meio da tarde, custando cerca de 8€ para cada lado. O navio é apropriado e em condições normais o mar está calmo, oferecendo uma relaxada travessia de cerca de uma hora.

Do outro lado, em Porto Novo, esperam os condutores de táxis e de “alugueres”, carrinhas do tipo das Toyota Hiace que transportam até dezasseis passageiros. Não é preciso especial cuidado com este pessoal. Bastará confirmar o preço até ao seu destino. Para a Vila das Pombas, por exemplo, um valor justo será de 350 Escudos, um pouco menos do que 3,50 Eur.

O que ver em Santo Antão

A ilha não é pequena, para a escala de Cabo Verde, mas os pontos que chamam a atenção do turista concentram-se num segmento reduzido, entre Janela e a Ponta do Sol, na costa oriental. Claro que existem locais merecedores de uma visita noutras partes de Santo Antão, mas sobretudo por questões logísticas a maioria das pessoas deixam-se ficar por esta área.

Por um lado é por aqui, sobretudo na Ponta do Sol e no Vale do Paul, que se encontram a maioria das pensões, casas de hóspedes e hotéis de Santo Antão. Depois, os transportes públicos funcionam bem, assegurando transferências económicas e rápidas entre os diversos pontos.

Janela é uma pequena aldeia de pescadores – como, na essência, todas estas que se distribuem pela costa da ilha – muito pitoresca, com gentes de sorriso pronto e uma paisagem oceânica de cortar a respiração. Por lá, junto à ribeira (quase sempre seca) encontra-se uma pedra com misteriosas inscrições que alguns atribuem aos primeiros exploradores portugueses. Aconselha-se um pequeno passeio pelo caminho que leva à Ponta de Janela, e que se pode estender até ao remoto farol que se vê na extremidade do cabo ali próximo.

A Ribeira das Pombas, também conhecida como Paul, é a jóia da coroa de Santo Antão: é aqui que a vegetação é mais luxuriante e é nas suas imediações que se fazem as caminhadas mais apaixonantes. A localidade é encantadora e a estrada que sobe para o interior está cheia de detalhes. Toda esta área parece tirada de um livro de contos e pode bem ser o local mais marcante de uma visita a Cabo Verde.

Depois vem Sinagoga, outra aldeia piscatória que se visita rapidamente mas que merece a paragem. Logo depois a Ribeira Grande, antiga capital da ilha e que tem a sua personalidade própria. É preciso explorar sem medo, apesar do aspecto algo obscuro do bairro que se localiza junto ao campo da bola. Ninguém lhe fará mal aqui. E depois há a rua principal, com uma meia dúzia de edifícios de arquitectura colonial que enchem o olho.

Por fim, Ponta do Sol, uma aldeia onde a simpatia geral dos habitantes da ilha falha um pouco, onde se observam semblantes mais crispados e onde, ironicamente, o turismo é mais intenso. A poucos quilómetros ficam as Fontainhas, um pequeno lugar perdido nas montanhas que parece saído de um conto de Tolkien. É uma caminhada de 5 km para cada lado.

As Caminhadas

Existem imensas opções para os caminhantes. E há mapas de caminhadas à venda para apoio aos mais aventureiros. Além disso, muitas das casas de hóspedes têm os seus próprios mapas, feitos à mão, para consulta dos caminhantes.

Talvez os melhores percursos se façam a partir do Paul, especialmente a ascensão à Cova, uma cratera vulcânica lá bem no alto e provavelmente a caminhada mais exigente. Mas existem muitas outras opções, quer junto à orla costeira quer para o interior, de natureza mais montanhosa. De resto, qualquer guia de Cabo Verde apresentará as várias possibilidades de forma clara e detalhada, pois é impossível dissociar Santo Antão dos percursos de caminhada que ali existem.

 

 

     
     

 

 
VISITE CABO VERDE
 
FAÇA UMA ESCAPADINHA
 
ONLINE CAR BOOKING
 
         
             

 




VISITE A SUA PROPRIEDADE